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  • Foto do escritorRenata Gonçalves

Atuação da Psicóloga no Tratamento de Mulheres com Câncer de Mama

Apesar do progresso da medicina, aumento da comunicação e divulgação pela mídia no tratamento de câncer, ainda assim, é possível observar uma carga de sentimento relacionado ao câncer como “sentença de morte”.

O diagnóstico de câncer e todo o processo da doença são vivenciados pela pessoa e pela sua família como uma fase de profunda angustia. O tratamento de longa duração, acarreta prejuízos nas habilidades funcionais, sintomas adversos, rótulo de uma doença dolorosa e mortal, muitas ideias e preocupações em relação a morte, mutilações (retirar mama) e dor estão presentes.

Ao descobrir o diagnóstico de câncer de mama, pode ocasionar abalos significativos na feminilidade já que o seio é um órgão carregado de simbolismo para mulher, e talvez angustias vinculada a maternidade. As implicações emocionais do diagnóstico e tratamento provocam alterações significativas nas diferentes esferas da vida: trabalho, lazer e família causando momentos aflitivos em seu dia-a-dia e nas relações interpessoais.

O fato de saber que tem uma enfermidade sem causa definida traz muita culpa e angustia, sendo que enxergar o futuro passa a ser muito doloroso. Os tratamentos oferecidos causam mutilações, vômitos, alterações sexuais e reprodutivas, como a menopausa precoce.

As mulheres com câncer de mama e pessoas com doenças crônicas abordam algumas preocupações constantes, tais como: mudanças na autoimagem, raiva, medo da dependência, isolamento, medo do abandono e da morte. Outras preocupações constantes são: depressão e ansiedade que estão entre as complicações psicológicas frequente. Mesmo após o término do tratamento essas comorbidades podem continuar por conta do medo da doença voltar.

A mulher mastectomizada vivencia mudanças significativas na sua imagem corporal, as consequências psicológicas causadas pelo câncer de mama apontam que quanto maior a mutilação, mais traumático será o afeito. Apesar dos bons resultados, muitas pacientes possuem o medo do retorno da doença e dificuldade em lidar com as sequelas deixadas pelo tratamento, esses fatores influenciam no sucesso do tratamento e da reabilitação, impactando na qualidade de vida emocional dessa mulher.

A atuação da psicóloga tanto no consultório quanto no ambiente hospitalar é fundamental ao longo do tratamento, já que sua pratica é direcionada ao bem-estar emocional, colaborando assim para uma boa qualidade de vida.


De que forma a psicóloga pode auxiliar neste momento?


O ponto de partida é manter o bem-estar psíquico e identificar os fatores emocionais que afetam a saúde da mulher nesse tratamento. O trabalho da psicóloga também inclui reduzir e prevenir os sintomas físicos e emocionais causados pelo câncer durante o procedimento.

O desconhecimento sobre como será a evolução da doença, e que nada pode ser feito para evitar um câncer surge o sentimento de impotência. A psicóloga como facilitadora pode proporcionar um espaço de escuta e sempre trabalhando com a realidade. As mulheres bem informadas costumam reagir melhor ao tratamento, quanto mais informação sobre sua doença, maior será sua capacidade de enfrentamento. As preocupações que mais aparecem: sentimento de fracasso e impotência, temor da morte, da solidão e dos efeitos adversos do tratamento oncológico. Saber controlar a dor, náusea, pânico e vômitos, pode trazer a sensação de administrar melhor a doença. A pessoa percebe que é capaz de fazer algo em seu próprio benefício.

Os grupos psicoterápicos têm algumas características que contribuem para sua eficácia: muitas mulheres tendem a se sentir rejeitadas e acabam se isolando, o grupo pode auxiliar nessa reaproximação - dando voz aos sentimentos escondidos. O trabalho em grupo é uma forma de criar relações sociais e sentirem aceitas. As intervenções psicológicas trazem consequências positivas tanto no aspecto emocional (depressão e ansiedade) quanto nos sintomas físicos (náuseas, fadiga e vômitos), para que a mulher não abandone o tratamento é importante a participação mais ativa nesse processo.

A longevidade das mulheres com câncer de mama está relacionada a capacidade de se ajustar a doença, o trabalho psicoterápico influencia na sobrevida, por exemplo: bom suporte social e afetivo, expressão dos sentimentos, ser ativa em relação ao tratamento e principalmente dar voz a subjetividade de cada uma. Do contrário, a paciente não estando bem emocionalmente, estará mais vulnerável. Mulheres que enfrentam o câncer de mama além dos tratamentos médicos habituais, como se submeterem a intervenções psicológicas, por exemplo, possuem um diferencial qualitativo. A prevenção do câncer de mama é fundamental para evitar transtornos maiores. Mulheres em tratamento psicológico vivem mais do que as expectativas médicas.

Psicóloga Renata Gonçalves – CRP 06/122453

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Renata Gonçalves

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